Travel + Photo | Jiji à Paris! | Dia 5

Começámos o último dia da nossa viagem com os preparativos habituais: a correria de arrumar tudo e ir para a agência onde alugamos o apartamento deixar as nossas malas - foram extremamente simpáticos durante toda a nossa estadia, mas vou falar melhor sobre isso num último post com algumas dicas. Depois disto, nada saberia melhor do que parar uns minutos para um café, e nós ainda não tínhamos parado em nenhuma esplanada, portanto, assim o fizemos!


Foi bom tirar uns minutos só para observar a correria e os sorrisos. Não me pareceu que os franceses fossem um povo tão antipático como dizem que são. Pareceu-me sim que são apressados - e todos sabemos que ninguém tem paciência para nada quando está com pressa. Já quem se podia dar ao luxo de estar numa esplanada aquecida a ver os outros passar, era todo sorrisos e conversas alegres. Tudo está bem, portanto.

GALERIES LAFAYETTE

Fizemo-nos ao caminho. O plano era passar o dia em Montmartre, mas não sem antes visitar as Galeries Lafayette. E devo dizer, valeu bem a pena a visita, só para ter um vislumbre de um mundo em que dificilmente me encaixaria - excepto na zona dos cosméticos, confesso! Muito luxo, muito dinheiro a correr, muito consumismo desenfreado por parte só de alguns (porque a maioria estava lá tal como nós, só para ver). É claro que podem fazer compras como qualquer comum dos mortais, mas todos sabemos que não são essas marcas que levam lá os turistas. Fica o registo de um local onde circulam milhões e de um edifício lindíssimo, com uma vista brutal do terraço!




BASILIQUE DU SACRÉ COEUR

Era agora tempo de visitarmos a zona que eu mais queria ver em Paris: Montmartre! O Le Fabuleux Destin d'Amelie Poulin é o grande culpado, juntamente com o Moulin Rouge, claro está. Pode-se dizer que este foi um dia bastante cinematográfico. A chegada ao Sacré Coeur teve precisamente esse efeito: eu conhecia aquele carrossel, conhecia aquelas escadas, conhecia aquela basílica. Não conhecia a vista, que é magnífica, nem o interior da basílica, que é monumental e vale bem a pena visitar, sem dúvida alguma - mas que é bem difícil de fotografar graças a um grupo de senhoras que impede os turistas de abusarem da sorte (achei este pormenor delicioso!). Esta basílica começou a ser construída em 1875 e tem até hoje sido um local de adoração, entretanto também transformado em atracção turística. Podem ver aqui alguns detalhes sobre as cerimónias. Entretanto, se estiverem a planear fazer uma visita, façam download do audioguia aqui - que só descobri agora, sacrilège!

Ficam aqui alguns registos em modo Amélie Poulin!




Seguimos caminho pelas ruas de Montmartre, antes de almoçar. Guardei a câmara porque senti necessidade de absorver tudo com os meus olhos - as ruas cheias de pessoas e lojas, com velharias e vintage por todo o lado. Posso dizer que me senti em casa - acho que podia viver aqui! Entretanto, depois de umas compras e de reconfortar o estômago, seguimos caminho. O que nos restava visitar era quase só um acto de "marcar ponto" e dizer que estive lá, mas acabou por ser bem mais interessante do que isso!

MOULIN ROUGE

Sabíamos que apenas veríamos o Moulin Rouge por fora. Sabíamos que seria impensável gastar tanto numa noite de espectáculo como tínhamos gasto na viagem toda. Mas ficou o bichinho! Na entrada há painéis que contam uma boa parte da história dos seus grandes espectáculos. É um local que me causa mixed feelings...se por um lado, tem todo o lado perverso da objectificação do corpo da mulher, tem também algum tipo de magia que envolve a sensualidade e o magnetismo de algumas destas artistas - porque, sim, são artistas! Em todo o caso, é óbvio, grande parte da magia que lhe atribuo vem de ter visto o filme vezes e vezes sem conta - e sim, choro como uma Madalena! Quem nunca?!




CAFÉ DES DEUX MOULINS

Mais uma paragem, mais um filme a inspirar-me. Este sem mixed feelings - a inocência e a coragem da Amélie Poulin fazem do Le Fabuleux Destin d'Amélie Poulin um dos meus filmes preferidos, que nunca me canso de ver! Assim sendo, é óbvio que tinha de passar pelo Café des Deux Moulins! Sim, contamos sempre que os cenários sejam exactamente iguais e depois nunca são, mas ainda assim, senti-me dentro daquele universo paralelo, que nem Amélie Poulin observando freneticamente tudo o que se passa à sua volta. Admito, se visse a Audrey Tautou acho que me dava uma coisinha.

Para quem conhece o filme: não há tabacaria, mas a luz é a mesma. Não há a divisória onde ela deixa a mensagem, mas consegue perceber-se onde ela estaria. O Deux Moulins é mais pequeno do que parece no filme, mas é igualmente encantador. Saí de lá em modo criança-no-Natal!





Tínhamos assim concluído o nosso roteiro de visita - como tínhamos que ir apanhar o avião, e como sabíamos que Montmartre seria um sítio onde deveríamos aproveitar as ruas, optamos por deixar muito tempo livre. E ainda bem que o fizemos. Esta zona é feita de ruas íngremes mas bonitas, de edifícios despretenciosos mas agradáveis, e de uma vida de bairro que nos faz crer que não estamos no centro de uma das cidades mais movimentadas da Europa. Passeamos pelas ruas, vimos as montras, visitamos as lojas de produtos gourmet que tanto nos abriram o apetite.







ÉGLISE DE SAINT-JEAN DE MONTMARTRE

Por último, e quase por acidente, acabamos por entrar na igreja mais próxima para nos abrigarmos da chuva insistente e descansarmos um pouco - Saint-Jean de Montmartre. E que bela surpresa. Despida, crua, e que me fez sentir um respeito que já não sentia há muito por todo o meu lado católico. Não me considero uma pessoa crente (isto dava toda uma discussão), mas tenho respeito pelos locais de culto. No entanto, aqui foi diferente. As paredes cruas e escuras, o altar despido, as cadeiras simples, o silêncio ensurdecedor, fizeram-me sentir que aqui o foco estava realmente na conexão com algo diferente. Algo que não conhecemos. Acabamos por ficar imenso tempo aqui dentro, sem dar pelo tempo a passar. Aconselho a visita, não pela espectacularidade da igreja, mas precisamente pelo efeito contrário - a sua simplicidade torna tudo muito mais vivo.



E assim chegava ao fim a nossa primeira visita à Cidade Luz - primeira de muitas, espero! Considerações finais (e umas quantas dicas!) serão feitas noutro post, mas posso dizer-vos que, embora não me tenha apaixonado loucamente por Paris, é sem dúvida um destino a regressar - há tanto que ficou por ver!

À bientôt, Paris!


23 comentários :

  1. Fotos lindas lindas!! Que câmara usaste? :)

    Beijinhos, Dalila ♡ | The Lost Louboutin Blog |

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    1. Obrigada Dalila! Tudo com a menina do costume: Canon 700D :)

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    2. Obrigado! Ando com uma grande vontade de trazer uma dessas (não necessariamente essa) cá para casa e com fotos assim ainda fico com mais vontade :D

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  2. As fotografias deram-me uma vontade enorme de viajar :)

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  3. OMG, o café da Amélie!! É um dos filmes que mais gosto, não posso ir a Paris sem lá passar.

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    1. Please, do! Nem por ser diferente do filme vais deixar de achar que estás em casa :)

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  4. Adorei todas as fotos, quero tanto ir a Paris !

    Beijinho ♥
    www.somethingwithsa-ra.blogspot.pt

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  5. Como sempre, fotos fantásticas e um roteiro bastante cativante! A cada publicação, fiquei com uma vontade enorme de ir para Paris, somente pelo encanto do panorama! Se um dia tal acontecer, terei em conta este teu guia!
    Beijinhos!

    A Vida de Lyne

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    1. Obrigada, Carol! Qualquer coisa, é só perguntar - tens mesmo que ir lá! :)

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  6. Sou apaixonada por Paris e essa cidade conquista -me sempre um pouco mais a casa visita. O coração acelerou com as tuas fotos!
    Um prazer conhecer o teu blogue....
    Bj
    http://cocojeans.blogspot.pt

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  7. A viagem está cada vez mais próxima e estas fotos deixam me ainda mais ansiosa!!

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  8. As fotos estão lindissimas, fiquei com uma vontade louca de apanhar um aviao para Paris
    Por onde anda a Sofia?

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  9. As fotos estão lindas! *.* que saudades me deste!!

    xoxo

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  10. Tantos espaços incríveis! Sem dúvida uma viagem para recordar :D Adorei as fotografias!
    beijinhos, The Fancy Cats

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  11. O hostel onde fiquei quando fui a Paris era bem pertinho do Basílica de Sacré Cœur. Gostei muito dos artistas que por ali andam, Montmartre é, sem dúvida, uma das minhas zonas preferidas da cidade. No Moulin Rouge também só passei em frente. Muito sinceramente, eu gosto mais das igrejas assim: com pouca coisa, sem nada que atrapalhe a visão. Mais uma vez, as fotografias estão fantásticas ;)

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    1. Obrigada, Catarina! A simplicidade é sempre um bom caminho para a espiritualidade - e eu que nem sou nada dada a essas coisas ahah

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  12. Adorei estes post sobre Paris :D quando lá fui, fui apenas à Disney e tinha 10 anos. Quero muito conhecer a cidade e ler as tuas aventuras fez-me viajar até lá na minha imaginação, com a ajuda destas fotos lindonas <3

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    1. Miúda, mete-te num avião e vai conhecer a cidade, faxabor! :p

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  13. Que saudades dessa cidade :) O Moulin Rouge ainda ficou por ver, mesmo já tendo lá ido duas vezes!

    GIVEAWAY ON MY KIND OF JOY

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  14. Adorei as fotografias! Quero tanto visitar Paris e as tuas fotografias só aumentaram a minha vontade! um beijinho :)

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