Fórum de Ideias | Corpo ideal?

Tod@s temos os nossos momentos de "se eu fosse assim seria muito mais feliz". Por muito que consigamos aceitar e gostar de quem somos, há quase sempre uma ou outra insegurança que teima em deixar-nos com o diabinho atrás da orelha.


E se tivéssemos a oportunidade de experimentar como é ter essa característica que tanto ansiamos? Foi isso que o Buzzfeed fez neste artigo e achei tão interessante que tinha que vir cá mostrar-vos.

Ter os olhos azuis, ter as mamas maiores, ter mais rabo. Foram as três características aqui testadas. E a esta lista poderíamos juntar ter menos ou mais peso, ter a barriga mais assim ou assado, ter o nariz com a forma x, ser mais alta, ser mais baixa, ser mais pálida ou mais morena...whatever. Felizmente, vivemos numa altura em que é possível fingir quase tudo, por isso até conseguimos testar algumas destas coisas. Os resultados neste caso? As três disseram o mesmo: depois de anos a viver, a aprender e a gostar do seu próprio corpo, descobriram que ter as características que pensavam que lhes iriam trazer a imagem perfeita não lhes trouxe mais felicidade, e nem sequer gostaram assim tanto da experiência.


Podemos aplicar este raciocínio a tantas coisas na nossa vida. Podemos acreditar que a nossa confiança vai depender do momento em que o nosso corpo for daquela forma. Podemos esperar que a nossa felicidade chegue quando tivermos atingido aquele objectivo. Podemos dizer que vamos fazer aquela coisa que tanto queremos quando tivermos despachado outra qualquer. Mas isto só vai fazer com que vamos adiando a nossa felicidade e o nosso bem-estar cada vez mais e mais, e deixemos passar ao lado todos os momentos bons nesta nossa busca pela perfeição - que, muitas vezes, quando atingida, nem é tão perfeita assim.

No que às características físicas diz respeito - e não pondo aqui questões de saúde à mistura, claro, porque essas de facto impactam a nossa qualidade de vida - resta-nos pensar: será que o tamanho da copa vai fazer diferença na forma como me vejo? Será que fazia sentido eu ter o nariz mais pequeno? Será que perder aquela gordura a mais vai mesmo fazer alguma diferença? Em quê?

Não vos venho dar respostas. Venho só colocar as perguntas. Correndo o risco de soar repetitiva: olhando para os nossos "defeitos" alguma vez diríamos a outra pessoa aquilo que dizemos a nós mesm@s? Não quer isto dizer que não queiramos mudar isto ou aquilo. Mas é importante batalhar e gerir esses pensamentos de cada vez que eles surgem, porque é importante trabalhar em nós todos os dias, e não esperar que a felicidade chegue que um momento para o outro como por magia.

Deixo o mote para um exercício: contem-me uma coisa que gostariam de mudar, e porquê. Eu gostava de me ver livre das minhas love handles. E agora que penso nisso, não estou a ver o que raio mudaria na minha vida se o conseguisse (lol).

E vocês, o que gostavam de mudar, e, mais importante, o que mudaria na vossa vida com isso?


31 comentários :

  1. Adorei adorei! Eu até gostava de mudar o meu nariz, mas é uma coisa que tenho vindo aceitar cada vez mais. É meu e não há nada a fazer! Ah

    Beijinho*

    A Pa-trícia

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    1. Same here - e é algo que me foi metido na cabeça por comentários que até nem era suposto serem maldosos. Por isso, mesmo tendo isso a zumbir, nem conto para a lista de mudanças :p

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  2. Já tinha visto esse vídeo. Eu tenho a opinião de que, fora deficiências físicas, ninguém tem defeitos, no sentido de algo que é objetivamente feio a um nível universal. O que para outras é desejável eu não quereria de forma alguma, como é o caso dessas três características abordadas no vídeo. No entanto, sabes que pretendo fazer uma cirurgia estética em breve, porque é algo que está na minha cara só a atrapalhar. Outra pessoa pode ter a mesma característica e não se importar, ou até gostar. Mas eu, que já me considero uma pessoa feliz, tenho a certeza de que serei ainda mais depois da minha cirurgia. A imagem que eu vejo ao espelho quando me olho de perfil não é a imagem que eu tenho na cabeça, e vai ser uma alegria imensa ver o meu verdadeiro "eu" ao espelho. Vão mudar imensas coisas na minha vida, mesmo a nível prático: vou deixar de ficar incomodada quando sei que estão a olhar para o meu perfil, vou deixar de me incomodar com fotos de perfil, vou deixar de usar os óculos de sol como uma bóia de segurança (disfarçam a bossa do nariz)... enfim, se tudo correr bem ao nível da cirurgia (fingers crossed!) o meu nariz vai passar a ser um não-assunto, como o de 90% das pessoas, e eu vou ficar mil vezes mais confiante. Mal posso esperar!!

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    1. Estava à espera da tua visão sobre isto - honestamente, acho que tens uma atitude mesmo muito boa neste aspecto! Entendo-te a 100%: o que é bom e bonito para os outros, pode não ser para nós, e vice-versa. Nós é que temos que definir os nossos padrões de beleza e claro, não ficar obcecados com isso. E usar as ferramentas que temos ao nosso dispor para resolver os nossos assuntos não tem problema nenhum, desde que não seja motivo para desvalorizar tudo o resto. Eu própria, quando era mais nova, cheguei a pôr rinoplastia e aumento mamário como hipótese. Felizmente, para o meu descanso e para a minha carteira, ambas as coisas se tornaram num não-assunto quando amadureci as ideias (e hoje até tenho medo que um dia que seja mãe as minhas mamas cresçam, não querooooo ahah).

      You do you, girl, e de certeza que vai correr tudo bem! :D

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    2. Que bom! Acho que ambas as perspetivas são válidas, até porque nem são bem opiniões, é o que sentimos. Eu sinto que este nariz não é meu, senti isso desde que ele alcançou a forma e o tamanho que tem agora. Da maneira como vejo as coisas, não vou mudar o meu nariz, vou "buscar" o nariz que deveria ter tido à partida.

      Nunca estive tão entusiasmada para nada como para isto! :)

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    3. Ahah ires "buscar" o teu nariz é uma maneira espectacular de pôr a coisa :D e fazes muito bem em apostar nisso!

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  3. Este post está muito mas mesmo muito bom! Concordo imenso contigo :)
    Já sigo o blog, adorei!
    Beijinhos.

    http://missweetie.blogspot.pt/2016/11/o-que-levo-na-minha-mala.html

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  4. É clichê, mas acho que realmente cada um deve fazer aquilo que quiser (e puder) para se sentir bem consigo. Seja isso mudar alguma coisa ou deixar-se estar exatamente como e, no matter what people say. Há coisas que não conseguimos ultrapassar e que inclusive nos prejudicam em outros aspetos da vida, e depois há outras que são típicas da idade e daquelas fases em que somos mais permeáveis aos que nos rodeia, a comentários e opiniões dos outros.

    Quando era miúda queria ter mais peito e agora (tal como tu) dou graças a Deus por não ter. :)

    SORTEIO relógio timberland no My kind of joy

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    1. Concordo totalmente contigo - a questão é a "obsessão" com a imagem que a sociedade quase nos mete pela goela abaixo. Há casos, como o da Nádia, em que é uma mudança que queremos, justificada, reflectida, e que mesmo enquanto não se consegue não nos impede de viver tudo o resto como queremos - as questões de saúde claro que estão noutro patamar! Mas deixar de aproveitar a vida por questões destas é passar ao lado de tanta coisa boa por algo que muitas vezes só está na nossa cabeça... :)

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    2. Tão bom este video! Concordo plenamente com vocês.

      Ps. o pó mais claro de contorno não é grande coisa, ou o pincel que uso não ajuda. Mas quando aplico pouco se nota. Já o castanho ui ahah tenho que ter cuidado, mas se espalhar bem e aplicar pouca quantidade até fica bem bonito :)

      xoxo

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    3. :)

      Mehhh pois, não era muito shiny - mas ontem estavas com o contorno impecável ahah já dominas, Jo :p

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  5. Adorei o video! O curios da experiencia é que os desejos delas são os não-desejos de outras pessoas. A perfeição é algo que não existe e nós às vezes desejamos ser de jeito x ou y e iriamos acabar por não gostar.

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    1. Sim, cada um com as suas pancas. Talvez fizesse bem a muit@s de nós passar por algo semelhante por um dia!

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  6. Obrigada pelo carinho!

    Confesso que eu gostaria de mudar apenas uma coisa. Reduzir o peito. Acredito que a minha vida mudaria para melhor. Para mim é impossivel andar sem soutien, simplesmente não consigo estar a vontade devido ao peso :S

    Beijinho,
    Novo post: Porque o Natal me deixa triste...

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    1. Pois, lá está, isso é uma questão que já afecta a tua qualidade de vida - não que outras que não afectem não sejam legítimas, mas convém pensar bem e não nos martirizarmos por coisas que não são nossa "culpa", mesmo que continuemos a querer mudá-las! :)

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  7. Obrigado :D Ahahah ia ficar incrível :D

    Não conhecia o vídeo mas ninguém passa indiferente! A perfeição é utópica mas, mesmo assim, muita gente ainda tenciona mudar isto ou aquilo. Embora faça parte, leva-me a crer que vamos andar "sempre" descontentes com o nosso corpo e com aquilo que somos.

    NEW PERSONAL POST | "Sentir", o Livro de Cristina Ferreira.
    InstagramFacebook Oficial PageMiguel Gouveia / Blog Pieces Of Me :D

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    1. Sim, acho que faz parte na nossa natureza. Mas devemos manter o equilíbrio e perceber se são coisas realmente importantes ou se são só bichinhos na nossa mente que não têm relevância!

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  8. Ótimo post, e vídeo fantástico!

    www.thesandrafaela.blogspot.com

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  9. Ótima publicação! E respondendo à tua pergunta, a única coisa que mudaria no meu corpo são estas gorduras que aqui não estão a fazer absolutamente nada. E se isso mudaria a forma como vivo e me vejo? Com certeza! Sei que se perdesse este peso, muita coisa em mim mudaria mentalmente, e eu provavelmente não me massacraria tanto como costumo fazer. Agora já não de forma tão corrente, mas isto acabaria por cessar se eu provasse pra mim mesma de que consigo, não obstante as vezes em que já tentei e falhei. De qualquer das formas, o importante é nunca desistir destes objetivos!

    A Vida de Lyne

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    1. Percebo, e "sofro do mesmo mal" que tu - também penso da mesma forma. Anyway, mesmo tendo esses objectivos em mente, a vida tem tanta coisa boa para fazer e aproveitar que isso nunca deverá ser impedimento para nada :)

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  10. Ultimamente tenho dedicado mais tempo a "cuidar de mim" e a experimentar coisas como o mindfulness e a verdade é que do nada a preocupação com o meu corpo deixou de ser real. Tenho a noção que estou igual ao que estava antes, simplesmente comecei a ver as coisas com outros olhos. Tens 100% de razão quando dizes que adiamos a nossa felicidade e o nosso bem-estar ao achar que dependem sempre de outras coisas.

    Beijinhos e adorei o post!

    Another Lovely Blog!, http://letrad.blogspot.pt/

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    1. Olha que bem :) fico muito feliz por teres conseguido essa paz, Daniela! <3

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  11. Acho que esse vídeo simplesmente mostra que as pessoas aprendem a viver com o corpo que têm, assim como tudo o resto na vida, e quando são levadas para aquilo que imaginam (o mesmo se passa com a roupa...) acabam por ver que afinal aquilo não as ajuda em nada, não as "embeleza" como elas pensavam que iria ser. Há casos extremos, eu sei, mas alguém que não tem peito nenhum e de um momento para o outro mete lá uma copa B/C/D deve ter um super impacto na vida dessa pessoa, digo eu. Eu tenho peito grande e sempre tive problemas com isso, vá não eram problemas, mas formas de poder ocultar um pouco isso, porque quando somos novas sofremos um pouco de "bullying" por termos o peito grande em tenra idade... mas hoje em dia não tenho problemas com isso, sinceramente acho que até tenho estrutura para o suportar :D eheh
    Como disse antes, o nosso corpo funciona muito como a roupa: vemos uma roupa maravilhosa noutras pessoas, vamos experimentar e parecemos uns espantalhos xD e depois quando tentamos procurar algo melhor, quase só temos motivação para procurar o que não nos assenta. É preciso parar para pensar e ver o que nos fica melhor, assim como é preciso parar para pensar no corpo que temos e como o devemos tratar, porque é o único que temos.
    www.letsdonothingtoday.com

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    1. Ahah olha, boa perspectiva! Sim, provavelmente é mesmo o efeito "gosto de ver nos outros, não em mim". E acho bom que chegue a esse ponto - é sinal de que estamos confortáveis na nossa pele! :)

      PS.: caramba. Adoro que a sociedade te chateie por teres preito e por não teres. You just can't win lol

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    2. Completamente. A sociedade não consegue viver o agora, ou seja, olhar em redor e ver que nem todos são top models, nem todos são obesos e que a grande fatia da sociedade vive na casa dos 70kg-80kg. Se a sociedade se virasse para o agora, acredito que as coisas melhoravam, mas têm de existir padrões idiotas a toda a hora e sinceramente as maminhas não têm culpa, aliás, elas crescem sozinhas ^^

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  12. (Juro que primeiro fui pesquisar o que raio eram love handles xD não conhecia esse termo). Adoro este teu Fórum de Ideias, tens sempre temas interessantes e que fazem pensar um pouco. Em relação a este tema em particular, o vídeo é bem curioso, mas na realidade são mulheres que já aceitaram o corpo que têm. Quando aceitas quem és, mesmo que gostasses que algumas coisas fossem diferentes, a verdade é que quando ficas diferente já não sentes que és tu. Pelo menos é essa a ideia que tenho...

    Eu sempre estive muito confortável na minha pele, mesmo que, tal como tu, também gostasse de me ver livre das minhas love handles. Mas seria por mim, porque sei que seria mais saudável com um pouco de peso a menos. E também é algo que se pode resolver: comer melhor e exercício físico. Retirando coisas relacionadas com saúde, não há nada que eu queira mudar que não possa ser mudado (sem recorrer a cirurgias). Estou bem comigo, acho que sempre estive. É uma pena que nem toda a gente esteja... Mas acredito que é possível aprender a gostar de si próprio a 100%.

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    1. Muito obrigada, Catarina! Sabe tão bem ter esse feedback :D

      Eu já passei por fases um bocadinho cheias de "não tenho nada que preste", portanto sei o que é "perder tempo" com estas coisas que não interessam para nada - isto porque nunca tive problema de saúde nenhum, portanto o único impacto que os meus "defeitos" tinham era mesmo psicológico. E nestas coisas o ambiente em que nos inserimos faz toda a diferença, é verdade. Mas bom. Haja confiança, haja consciência que podemos mudar, se quisermos, sem obcecarmos com isso :)

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