A criação de cada uma das personagens que alguma vez levei a palco implica um processo único e que não permite definir uma fórmula mágica. No entanto, há algo com que trabalho sempre - trabalhamos, lá na
in skené! - e é disso que vos venho falar hoje, no âmbito do projecto ACMA: como uso os
sentimentos na construção das personagens. Poderíamos falar sobre isto durante horas, mas vou optar por ser o mais objectiva possível de início e deixar a minha experiência pessoal - e como uso os Sentimentos - para o fim do
post. A verdade é que
estamos agora mesmo a preparar uma nova peça para subir a palco no final de Março - podem ver detalhes aqui - por isso todo este processo está bem vivo na nossa cabeça. Se o quiserem conhecer melhor, s
tay tuned!
Tudo começa naquilo que talvez até os leigos na matéria tenham ouvido falar, comunmente chamado "O Método": embora o próprio autor, Constantin Stanislavski, nunca tenha aceite esta nomenclatura, os princípios que sugeriu para a construção das personagens e trabalho do actor, que foram mudando de acordo com a sua experiência, ficaram conhecidos através do Actors Studio e hoje em dia há alguns actores que são conhecidos como d'O Método: Al Pacino, Jack Nicholson, Marlon Brando, Julianne Moore, Marilyn Monroe, entre tantos outros. Recordam-se dos exageros do Jared Leto ao preparar o Joker e do Leonardo DiCaprio ao preparar-se para o The Revenant?
Yep, culpem O Método - levado ao exagero, lá está!
Há cinco "princípios" que guiam esta metodologia de trabalho: