Longe vão os dias em que tínhamos a certeza de como ia ficar a nossa sala.
É sabido que, se estamos em concelhos de risco, temos que ficar fechados em casa neste e no próximo fim-de-semana - e sabe-se lá quantos mais.
Mas isso não significa que temos que ficar a pão e água!
Para além de termos a oportunidade ideal para melhorar as nossas skills culinárias nestes dias de confinamento, podemos também simplesmente refastelar-nos e esperar que a comida nos chegue a casa: prontinha, saborosa, e com o gosto de quem sabe que está a ajudar um sector altamente prejudicado pelo caos que vivemos.
Sei que nem tod@s temos a capacidade de ir jantar fora durante a semana só para ajudar, ou pedir uma entrega para garantir que há trabalho para os restaurantes, mas, se nos for possível, este é o momento para o fazer. Por isso, reuni algumas sugestões na área do Porto (baixa e arredores - Gondomar e Matosinhos) que já experimentei e que repetiria sem medos em modo take away ou entrega ao domicílio.
Todos os restaurantes têm o link para a sua página do Zomato, ou, caso não exista, para o Facebook ou página com informações. Para referência, indiquei quais têm Uber Eats (UE), mas caso não encontrem liguem para o restaurante ou procurem em apps como a Glovo ou a Takeaway.com!
BRUNCH & HEALTHY
Nicolau - Take Away / Entrega ao Domicílio (UE)
Camélia - Take Away / Entrega ao Domicílio
O Diplomata - Take Away / Entrega ao Domicílio
Eleven Lab Concept - Take Away / Entrega ao Domicílio (UE)
FRANCESINHAS
Cervejaria Brasão - Take Away / Entrega ao Domicílio (UE)
Yuko - Take Away / Entrega ao Domicílio (UE)
JUNK FOOD, MAS EM BOM
N1 Chicken - Take Away / Entrega ao Domicílio (UE)
Bao's Taiwanese Burguer - Take Away / Entrega ao Domicílio (UE)
ITALIANO
Pizzaria Luzzo - Take Away / Entrega ao Domicílio (UE)
E este pó todo?!
[Figurativo e real, também]
*Bufa com força*
Ora viva! Como estamos? Essa vida, como vai?
Por aqui, tudo bem. Muita coisa mudou - depois conto em detalhe, se ainda estiver alguém desse lado! - mas no que diz respeito a estar viva e de boa saúde, está tudo bem. Com a família também, obrigada.
Planeava passar por cá há uns tempos mas faltava-me "motivo"... sei lá. Já não sei se este espaço é meu ou nosso, e por isso não sei se tenho algo de útil a acrescentar. Sinto que sim, talvez, mas talvez não, então fico a pensar se é relevante. Estou a falar para mim, para as paredes, ou para alguém desse lado? A bem dizer, e se quero que o que cá vem parar seja honesto, isso pouco importa. Mas agradeço cada pedacinho da tua atenção, car@ leitor ou leitora que provavelmente pensava que este era só mais um blog morto. Esteve moribundo, sim. Veremos.
Acabei de reler este post e fiquei sem saber se ria ou se chore. Sabe nada, inocente. Doze dias depois já eu andava a fazer considerações sobre a vida, e mais de meio ano depois, cá continuamos sem saber o que fazer. 'Tá giro. 2020 está a trazer-me um misto de ânimo pelo futuro e um medo horrível do que aí vem (e fosse o cobirus o maior dos nossos males...). A minha estratégia é meter a cabeça ligeiramente enterrada na areia, mas não totalmente: mantenho-me informada e logo a seguir tento arranjar qualquer coisa para me distrair, para não ter tempo de ter uma crise existencialista. Até agora, tem funcionado! Olhemos para as coisas bonitas da vida, portanto.
A verdade é que me queixo com a barriga cheia. Eu e os que me importam estão com saúde, casa, trabalho, segurança e, acima de tudo, muito amor. As grandes mudanças deste ano foram para melhor a nível pessoal e familiar, e ninguém está com a corda no pescoço naquilo que mais importa.
Será isto um regresso à escrita aqui no estaminé? SIM!
Será duradouro? SIM!
Que conteúdos vêm aí? NÃO SEI!
Vá, a vida até me está a dar do que falar, senão, vejamos: compramos uma casa; tenho muita renovação e decoração para fazer; tornei-me numa plant lady; o mundo está cheio de gente de lixo que me faz querer fazer rants; o mundo tem muita coisa bonita que me faz querer que toda a gente saiba que essas coisas existem; continuo a gostar de coisas bonitas e de moda e tudo isso, mas sem sair de casa só mesmo com esforço é que a coisa importa; estou a tentar ser uma pessoa sustentável e sinto que de cada vez que falo sobre isso aqui aprendo algo novo; tenho uma loja de roupa em segunda mão - shameless plug à @jirasegundamao lá no Instagram -; tenho muitas - MUITAS - fotografias para vos mostrar, e sinto que já me levo um pouco mais a sério nestas andanças - espreitem aqui; ...
Temas não faltam, e a costumária mania de que sei escrever também não, portanto, vamos a isso. Aceitam-se discos pedidos!
Querem que fale da compra de casa? Querem que fale dos planos de decoração? Querem que fale da crise existencial de não saber se quero ter filhos num mundo com Trump e aquecimento global? Querem que recorde viagens que parecem ter acontecido há 10 anos?
Tenho saudades de vos ler lá em baixo!
Um beijo e obrigada por estarem aí!
Dent de Jaman |
Em todo o caso, não posso negar que gostei imenso dos resultados - sim, eu sei, imagens aleatórias e desfocadas e tudo isso. Sobrexposições, movimento, falta de foco, uma vinheta daquelas: tecnicamente estão uma desgraça. Esta máquina é uma aventura! Mas a verdade é que gosto imenso das imagens. Tenho que aproveitar este tempo de "clausura" para ir buscá-la ao fundo da gaveta.
Poderia tentar descrever a sensação de representar numa peça em que contamos a história de pessoas sem nome, pessoas que procuram fugir de terrores inimagináveis ou de uma miséria que não imaginamos possível. Hoje ou há 60 anos. Poderia dizer-vos que tentamos sentir na pele o abandono do mar, o vento e a luz que não sabemos se é vida ou morte.
Mas não vou tentar fazê-lo, porque sei que em nada se compara às sensações vividas por aqueles que realmente vivem as histórias que contamos. Seria injusto tentar pôr-me no lugar deles e delas, enquanto escrevo sentada confortavelmente, na minha casa, no meu país de paz, na minha segurança, e me lamento dos meus problemas diários que na verdade não são mais do que inconveniências.
Vemos relatos de crueldade inexplicável com quem foge da guerra e do terror ou da miséria nas suas casas. Vemos e ouvimos disparates xenófobos, alarmistas e desumanos de quem não consegue olhar para trás e ver a história do seu próprio povo, ou olhar para o lado e pôr-se no lugar do outro. Ouvimos as histórias dos nossos pais, avós, tios, que nos contam de quando fugiram da miséria ou da ditadura, a salto, até França.
AURORA é história destas pessoas sem nome, de lutas sem fim à vista, do mar que nos entrega a qualquer lado. De quem luta por uma vida qualquer, enquanto os outros "dançam até à exaustão".
A culpa "cristã" que ainda temos, culturalmente falando, impede-nos, de um modo geral, de reconhecermos aquilo que vemos de bom em nós. Aceitar um elogio com um "obrigada" e um sorriso no rosto ainda é visto por muitos como sinal de que somos presunçosos. Então o que dizer da reacção ao "eu sou bom -nisto-/bonito/forte/etc..": é quase dado como altivez pura e dura. Mas, por um mundo em que tenhamos o direito a reconhecer em nós aquilo que gostamos, é importante começarmos por algum lado.
Assim sendo, - respira fundo -, cá vai!
O tema que vos trago hoje: Put Me in a Movie. Não podia então convidar outra modelo que não a Mi. Apresento-vos a Mi - de novo, porque ela já apareceu nesta edição do Retratografia. A minha Mi(a). Uma entusiasta de cinema e excelente videógrafa, realizadora, produtora - se precisarem de algum destes serviços é falar com ela!
Na primeira conversa fugimos imediatamente para Tarantino - goste-se ou não (e eu gosto), há que admitir que o homem sabe definir uma linha estética para cada filme que faz. Passeamos pelos seus filmes mas acabamos por ficar no clássico. Pulp Fiction, tinha que ser. Rumamos então ao Steak 'n Shake, a quem agradeço imenso por terem sido tão prestáveis e simpáticos, e metemos mãos (e máquina, e modelo, e milkshake) ao trabalho.
A Mi encarnou a Mia. E brincamos com ares misteriosos e desafiadores, danças parvas no meio do restaurante, milkshakes e cerejas e uma barrigada de hambúrgueres e batatas fritas. E partilhar estes momentos com outra geek da fotografia foi tão priceless.
E, portanto, escrevo. Sopro com força e tiro o pó ao blog e aos meus dedos que já não sabem o que é vir aqui parar há uns meses largos. Desculpem a ausência, se é que foi sentida. Ou se calhar só eu é que senti, não sei, é provável. De qualquer forma, cá fica: não é perfeito, mas é um regresso.
E querendo falar de regressos e de já não saber fazer nada disto, e de querer que seja perfeito, mas sabendo que não o será, repesquei um tema que estava pelos rascunhos há muito - demasiado - tempo: Wabi-Sabi. A Arte da Imperfeição.
O Jamie Windsor desafia-me a cada vídeo que publica. É um fotógrafo com laivos de filósofo que me deixa sempre a querer saber, ser, ver e pensar mais. E neste em específico fala-nos de Nan Goldin, Tod Hido, Baud Postma e Wabi-Sabi, numa abordagem muito interessante de um conceito que desconhecia - mas que faz todo o sentido.
Juntando estes princípios, chegamos à Imperfeição. A Imperfeição gera Individualidade. A Individualidade gera Valor. O Wabi-Sabi não consiste na defesa de que não há problema em haver erros - procura o erro como forma de enriquecer o que é criado. Propositadamente.