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Quase-maratona de filmes: a fechar o Movie 36

Agosto, Setembro, Outubro, Novembro, Dezembro = 15 filmes. E não é que com uma pequena batota ao estender a coisa para Janeiro, quase que chegava ao objectivo do Movie 36? Fiquei-me pelos 11 (32 no ano inteiro), mas acho que não é muito mau. Vamos a uma maratona? Vamos lá.

TL;DR? Então aqui fica a lista dos filmes, programas e documentários de que vou falar:

| Coldplay: A Head Full of Dreams |
| Bird Box |
The Truman Show |
BlacKkKlansman: O Infiltrado |
Bohemian Rhapsody |
Johnny English Volta a Atacar |
Jeff Dunham: Relative Disaster |
Monstros Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald |
Trevor Noah: Afraid of the Dark |
Trevor Noah: Son of Patricia |
The Dictator |


Coldplay: A Head Full of Dreams

Este filme foi uma montanha russa de sentimentos. Foi impossível evitar os arrepios provocados por cada acorde deles quando putos, pela música simples, crua e própria de quem ainda está a crescer e tem o sangue na guelra. Foi também impossível evitar um certo cringe ao ver as explosões de confetti e borboletas a cada crescendo nas filmagens dos concertos mais recentes, embora goste das músicas. (Um dia destes falo-vos mais desta minha faceta de velha do Restelo...) Dito isto: se gostam de Coldplay, vejam - quer seja porque os adoram desde sempre ou por homenagem à vossa fase favorita deles. É um bom documentário, tem boa música, e está muito bem montado.


Bird Box

Sobre este vou ter que falar depois com maior detalhe, mas há algo que vos posso dizer já: vejam e preparem essas unhas, porque vão roê-las! Estive on edge todo o filme, e a Sandra Bullock fez um trabalho brilhante na criação de uma personagem genuína e completa: não é 100% boa nem 100% má. É uma pessoa. O hype justifica-se!


The Truman Show

Um clássico que só agora vi - e ainda bem que vi. Trata-se de uma comédia, sim, mas com um fundo de drama que nos faz estar em constante atenção durante todo o filme. Este filme gira em torno da vida de Truman Burbank, que ele julga ser a de uma pessoa normal mas que na realidade é uma vida encenada num gigante estúdio e transmitida na TV. Faz-nos pensar sobre os objectivos que definimos no dia-a-dia e na nossa relação com os outros.

Enjoy | Movie 36 | Animação!

Movie 36 de Julho vem cheio de animação - literalmente, porque este mês só deu bonecada! E, para mim que tenho a mania que só gosto de filmes sérios, devo admitir: foi um mês de bons filmes!


A verdade é que acabei por me esquecer, à medida que fui crescendo, da capacidade que estes filmes têm para nos fazer sonhar e da forma simples e eficaz como conseguem passar mensagens preciosas. O que é certo é que fico mais feliz de cada vez que me deixo envolver neste mundo que me faz ser miúda, deixar a imaginação voar e entrar no enredo que nos agarra e entretém ao mesmo tempo. Nem todos são obras de arte, mas a maioria tem uma boa história para contar. E, adianto já, este mês escolhi dos bons!


Enjoy + Fórum de Ideias | Movie 36 | Classic Clichés

Tardou, mas aqui está ele: o Movie 36 de Junho. Dediquei-me aos clássicos cheios de clichés, aqueles que já sabemos como vão acabar mas que mesmo assim vemos (e, talvez, revemos!). Assim sendo, cá estão os três filmes que, provavelmente, era crime eu nunca ter visto:



Mamma Mia! conta-nos a aventura de mãe (Meryl Streep) e filha (Amanda Seyfried) que preparam o casamento desta última, com memórias bem vivas do passado da mãe a voltar para lhe trocar as voltas. Já devem conhecer a história por isso não me alongo, mas claro: o melhor do filme é mesmo a banda sonora! Devo, no entanto, confessar que não fiquei fã. Para além dos momentos cringy que este tipo de comédias românticas são óptimos a criar (salve-se a nossa Merryl que os trata sempre com uma leveza contagiante!), fiquei espantada com a fotografia - pela negativa - e embora o cenário e paisagens sejam de cortar a respiração, acho que visualmente o filme tem um ar muito mais amador do que estaria à espera. Anyway, vale a pena ver, para saber o que é.

Enjoy | Movie 36 | Lemonade, The Wall, and other musical stuff

Maio trouxe-nos um mês cheio de música - olá Eurovisão! - e por isso eu resolvi trazer também a música até ao Movie 36 deste mês. Não foi muito fácil escolher porque queria centrar-me em filmes feitos a partir de álbuns e, para dizer a verdade, não encontrei muitos, mas aqui fica o que consegui ver dentro deste tema:


A criatividade muitas vezes vem juntamente com as desilusões, os traumas, as loucuras da vida. Soa a cliché, mas não é à toa que a arte que mais nos toca muitas vezes vem de lugares escuros e sombrios da mente, em que temos medo de tocar por não saber até onde podemos ir sem dar em loucos. E isto é o retrato perfeito de tudo o que vi este mês para o Movie 36: muito sexo, drogas e rock and roll, com o final mais infeliz, e grandes perturbações por trás; um percalço sério que deu origem a uma obra poderosíssima sobre as relações e a força; um trauma e uma história perturbadora que deram origem a uma obra icónica. O ser humano precisa de um escape para sobreviver - e, se às vezes esse escape é fatídico, por vezes também dá origem a obras marcantes.

O documentário 27: Gone Too Soon leva-nos por uma viagem no tempo guiada pelas mortes das estrelas que fazem parte do "27 Club": Brian Jones, Jimi Hendrix, Janis Joplin, Jim Morrison, Kurt Cobain e Amy Winehouse. Muita cocaína, muito descontrolo, muitas questões psicológicas por resolver. O que se revela a olhos vistos na hora em que nos falam deste assunto é claro: a fama é, de facto, perigosa, e é muito fácil cair no desespero quando não sabemos o que fazer com a voz que temos. O ser humano é tão mais frágil quanto mais se parece com uma estrela. Um documentário interessante para quem gosta de saber mais sobre a vida dos nossos ídolos.


Lemonade foi a primeira opção que me veio à cabeça, confesso. Vi-o no dia em que foi publicado e desde então que digo a qualquer alma - quer goste da música  e do estilo da Beyoncé ou não - que vale a pena ser visto. Tem uma história, tem uma visão realista sobre a traição, tem feminismo, tem culpa, tem superação, tem história do povo afro-americano, tem uma fotografia brutal (more on that daqui a uns tempos!) e, digo eu, tem boa música. Sou do tipo de pessoa que ouve de tudo e calha de gostar da força que a Beyoncé coloca até nos seus sons mais pop - nem vou comentar a voz dela porque julgo que deve ser relativamente consensual que a mulher é uma diva de voz única. Não?


Enjoy + Fórum de Ideias | Movie 36 | Da força [das mulheres]

O mês de Abril foi recheado de murros no estômago no que diz respeito ao que vi para o nosso Movie 36. Desde histórias que me puseram a pensar sobre outras realidades bem mais difíceis do que a minha, a documentários que me deixaram de boca aberta e com visões completamente opostas sobre o futuro: medo e esperança.


A verdade é que tudo o que vos trago este mês nos fala de Força. Dos seus resultados, da sua persistência, ou até da falta dela. Da força para passar por cima das adversidades, de lidar com o que de mau acontece, ou de nos deixar ir abaixo. Da força para resistir à tentação de seguir com o status quo ou de o quebrar e defender o que nos parece correcto e nos chama. Da força de perceber que somos humanos, e não máquinas, e de procurar o sentido de tudo isto.

Poderia apresentar-vos aqui as minhas certezas: que nunca deixaria a minha Mãe sozinha se a visse perder-se de si mesma; que nunca tomaria estimulantes para ganhar poderes sobre-humanos e produzir como uma máquina; que nunca pensaria que uma mulher não pode ser astronauta. Mas a verdade é que também tenho os meus momentos de egoísmo; também já fiz asneiras só porque "sabe bem", mesmo sabendo que prejudicava a minha saúde; também escolhi uma área que seria a minha segunda opção porque na que mais me atraía "nunca me vão dar trabalho naquilo que eu realmente quero". É fácil escrever-vos mil certezas sentada no escritório, sem a realidade a bater-me à porta. Mas quando temos que realmente decidir, é inegável que a sociedade em que estamos inseridos, o nosso ambiente familiar, os nossos exemplos, vão, sem dúvida alguma, influenciar-nos. E, por isso, a única certeza que sei que não está errada é a de que devemos sempre pôr a mão na consciência e pensar nas consequências de cada um dos passos que tomamos. E ter a Força para decidir pelo que realmente faz sentido.

Um Quente Agosto conta-nos a história de uma família completamente disfuncional, que funciona à sua maneira. É um filme intenso, verdadeiro, cru, que nos mostra o lado negro do amor: a manipulação, o sentimento de posse e de perda, a incompreensão e a sensação de injustiça. Conta com um elenco de luxo que faz jus à história que é contada: Meryl Streep, Julia Roberts, Chris Cooper, Ewan McGregor, entre outros.


Enjoy + Personal | Movie 36 | Da Persistência

Três filmes em Março, os três completamente diferentes - e ainda assim consegui ver neles algo em comum: viva a persistência! 


É algo que me falta, confesso: há uma diferença entre ser teimosa e ser persistente. Teimosa, às vezes sou - nem que seja só para ter o prazer de dizer que "fiz" algo ou que tenho razão. Já persistente... só se for algo em que acredito mesmo muito. Sou optimista no que toca a acreditar que tudo vai ficar bem, mas muitas vezes é pela via do "as coisas resolvem-se" e não tanto pelo "eu vou fazer acontecer".
Olá curso de fotografia em que nunca me inscrevi porque "para quê?"; olá guitarra encostada no meu sótão porque "nunca vou conseguir aprender isto"; olá formação em teatro na qual nem me inscrevi porque "nunca vou passar nos castings"; olá desporto que nunca fiz durante mais de três meses seguidos. Nem sei como é que este blog já vai a caminho dos três anos - eu devo gostar mesmo disto!

Anyway, que a hora já vau tardia e possivelmente o sono estará a fazer-me escrever mais do que queria, a lição que vejo em comum em todos estes filmes é incrivelmente relevante para mim: às vezes, vale mesmo a pena insistir naquilo em que acreditamos, mesmo que tenhamos muitas dúvidas. What if...

O primeiro filme do mês contou com o que considero ter sido a melhor interpretação que vi nos último tempos: digam o que disserem do homem, mas lá que o Gary Oldman esteve genial no Darkest Hour, isso não se pode negar. Para além disso, todo o lado histórico, a descoberta de alguém tão sui generis e a imagem global deste filme não nos pode deixar indiferentes. A não perder!